Outdoor em MT associa Lula a aborto, criminalidade e censura

Por Da Redação em 18/08/2022 às 17:49:21

Um painel instalado no município de Comodoro, a 677 km de Cuiabá, associa a esquerda e o candidato à presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva, ao aborto, à criminalidade e à censura, entre outros valores, enquanto relaciona o candidato pelo Partido Liberal (PL) e atual presidente, Jair Bolsonaro, à vida, aos valores cristãos e à liberdade.

Segundo especialista ouvido pelo g1, a propaganda em si e seu conteúdo são irregulares. A Justiça Eleitoral, até o momento, não recebeu nenhuma denúncia sobre a publicidade.

No outdoor, na coluna do lado esquerdo, junto à imagem de Lula, o símbolo do comunismo - a foice e o martelo – é repetido várias vezes antes das palavras "aborto", "bandido solto", "povo desarmado", "ideologia de gênero", "censura", "obras em Cuba", "MST forte" e "mais impostos".

Na parte da direita, que possui a foto de Bolsonaro e a bandeira do Brasil, em contraponto, aparecem frases e palavras como "vida", "bandido preso", "povo armado", "valores cristãos", "liberdade", "obras no Brasil", "agro forte" e "menos impostos".

Já na parte de baixo, consta a informação de que o outdoor foi financiado por uma "vaquinha entre amigos e conservadores".

Em conversa com o g1, o proprietário da empresa de publicidade não soube dizer quando o outdoor foi instalado e afirmou que não sabia tratar-se de irregularidade eleitoral. Segundo ele, que não quis ser identificado, o serviço foi encomendado por um grupo de aproximadamente 50 pessoas.

O que diz a lei?

Conforme o doutor e professor do curso de direito da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Raimundo França, que estuda comportamento e ciências políticas, a propaganda eleitoral em outdoors é vetada, conforme a Lei Eleitoral.

"As empresas, partidos, coligações, federações e candidatos podem ser responsabilizados com pagamentos de multas, caso sejam os autores da propaganda. Além disso, podem ser forçados a retirar o banner imediatamente", disse.

O professor informou que o candidato "beneficiado" pode ser responsabilizado caso tenha contribuído com a publicação. Também pode ser punido se for comprovado que ele sabia da existência do material irregular e não tenha feito nada para evitá-lo.

Fonte: G1

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