A pedido da equipe do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, técnicos da corte reabriram a discussão sobre as sugestões feitas pelas Forças Armadas de mudanças no sistema eletrônico de votação e simularam, nesta semana, o uso da biometria para ativar a urna durante o teste de integridade.
A reformulação do teste de integridade que ocorre no dia das eleições é o principal pedido dos militares na lista de recomendações ao TSE e que foi motivo de atritos entre o Ministério da Defesa e a gestão de Edson Fachin, ex-presidente do tribunal.
Apesar da simulação, técnicos da corte e auxiliares de Moraes adotam cautela. Reservadamente, eles dizem que mudar as regras semanas antes das votações pode tumultuar o processo eleitoral, além de ser trabalhoso e ter baixo poder de aperfeiçoar a segurança do voto.
Auxiliares de Moraes dizem que a simulação pode servir para colocar no papel que a ideia dos militares pode atrapalhar as eleições.
Nesse sentido, embora a mudança não esteja totalmente descartada, interlocutores no TSE dizem que atualmente é baixa a margem para qualquer alteração.
Por outro lado, ministros do governo Jair Bolsonaro (PL) se dizem esperançosos que o presidente do TSE atenda as Forças Armadas.
Militares também esperam que o tema avance e entre na pauta do primeiro encontro do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, com Moraes após a troca de comando na corte. O general irá ao TSE na próxima terça (23).
Fonte: FolhaPress