Edna chama vereador de corajoso por desculpas à Michelly, e se mostra contrária a feminismo seletivo

Por Da Redação em 09/11/2021 às 18:04:00

A vereadora petista, Edna Sampaio, usou nesta terça-feira(09) do Pequeno Expediente para parabenizar o presidente da Câmara, Juca do GuaranĂĄ Filho(MDB).

Classificando a ação do parlamentar como "humilde e, sobretudo, corajosa" ao se retratar, publicamente, em relação a ofensa feita à colega de Casa de Leis, a vereadora democrata, Michelly Alencar, ao chamĂĄ-la de histérica, como uma criança querendo doce".

A declaração da petista veio pouco depois do pedido feito pelo emedebista – na sessão ordinĂĄria -, quando reconheceu seu erro em plenĂĄrio ao chamar a colega democrata de "histérica" na sessão da ultima quinta-feira(04). Quando, inclusive, a sessão para votar a criação de uma Comissão Processante, para cassar o prefeito emedebista, Emanuel Pinheiro, foi suspensa.

Juca aproveitou para pedir desculpas, igualmente, às vereadoras Edna Sampaio (PT) e Maria Avallone (PSDB), ao admitir o tom machista da sua fala.

"Então, vereadora Michelly, Edna Sampaio e Maria Avallone, parlamentares que exercem um excelente trabalho de legislar e fiscalizar, peço-lhes mais uma vez desculpas como pai, marido, irmão e amigo. Temos nossas divergĂȘncias políticas, mas isso não justifica qualquer ação e palavra machista da minha parte, ou da parte de qualquer pessoa dentro e fora daqui".

De acordo com a parlamentar petista – à exemplo de Michelly – ela teria sido, igualmente, alvo por vĂĄrias vezes na Casa de Leis de discriminação e racismo.

"Eu fui vítima aqui vĂĄrias vezes de violĂȘncia de gĂȘnero. Em particular quando me pediram para assumir a Comissão de Direitos Humanos porque, supostamente, eu iria discutir a famigerada ideologia de gĂȘnero. Aquilo foi machismo […]
HĂĄ alguns dias um vereador desta Casa me comparou, pejorativamente, à alguem. Uma outra mulher. Negra, batalhadora, como eu e como vocĂȘ Michelly. Ele quis me desqualificar por conta da minha posição de mulher e de negra. Isto foi uma violĂȘncia de gĂȘnero, foi racismo".

Deixando escapar que, contudo, em todas as situações de discriminação vivenciadas, nunca viu ninguém se indignar. Lembrando de seu comprometimento com a causa da mulher e fazendo questão de ressaltar que, contudo, jamais seu f"eminismo seria serĂĄ seletivo". E ainda jamais usarei a questão de gĂȘnero como subterfugio para qualquer coisa. Sou solidĂĄria a vereadora Michelly. Acho que vocĂȘs homens aqui nesta Casa que viveram legislaturas anteriores sem a presença de uma única mulher precisam aprender a nos respeitar".


Fonte: O Bom da NotĂ­cia

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