Mauro Mendes se negou a exonerar envolvido na grampolândia, mostra investigação

Por Da Redação em 15/12/2021 às 10:47:38

As investigações da grampolândia pantaneira, esquema de escutas ilegais no governo de Pedro Taques (SD), ganharam um novo capítulo nesta quarta-feira (15), com a Operação Reset. Segundo a decisão que autorizou a ação, apesar do parecer pela demissão do servidor Rosinaldo Nunes de Almeida, o governador Mauro Mendes (DEM) determinou a absolvição e o arquivamento do processo, além de recolocá-lo no Protocolo da Casa Civil.

As investigações mostram que Rosinaldo era o chefe do protocolo da Casa Civil e foi um dos responsáveis pelo "sumiço" da denúncia do então secretário de Segurança, Mauro Zaque, sobre a grampolândia pantaneira a Pedro Taques.

O servidor usou o protocolo da denúncia, mas mudou o assunto, que passou a ser um pedido de obra da Câmara de Juara. O caso virou processo administrativo disciplinar (PAD), que recomendou em 30/08/19 a demissão do servidor.

"A despeito da aplicação da pena de demissão do servidor, ora representado, o chefe do Poder Executivo Estadual, em 16/10/2020, não confirmou o ato e determinou o arquivamento do procedimento", diz trecho da decisão do juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal.

Para o magistrado, a decisão de Mendes de não demitir Rosinaldo e ainda o colocar no mesmo setor em que cometeu os crimes prejudicou as investigações.

"(...) tendo o representado Rosinaldo, então chefe do protocolo e postal, como principal suspeito dos atos ilícitos praticados, reputo temerária às investigações que o servidor retorne a exercer suas atividades no mesmo setor em que foram praticados, em tese, os crimes imputados, ferindo sobremaneira a moralidade administrativa", consta na decisão.

Para se ter uma ideia, foi o próprio Rosinaldo que concedeu à Polícia Civil os arquivos sobre os protocolos no dia em que Mauro Zaque encaminhou a Pedro Taques a denúncia sobre a grampolândia.

Fonte: GD

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