O deputado federal José Medeiros (Podemos) afirmou que mantém a sua pré-candidatura ao Senado mesmo após a filiação do presidente Jair Bolsonaro no PL, legenda que deve lançar a reeleição do senador Wellington Fagundes.
Em entrevista à Rádio Capital, o parlamentar afirmou que o cenário segue indefinido após a filiação do presidente e que o seu eleitorado ainda aguarda um posicionamento sobre quem será o nome efetivamente apoiado por ele ao Senado em Mato Grosso.
"O Valdemar [Costa Neto, presidente do PL] tem insistido para o presidente escolher o senador Wellington Fagundes. Mas essa escolha é do presidente. Ele ainda não definiu isso", disse.
De acordo com Medeiros, quando negociava a ida ao PP e depois que "bateu o martelo" pelo PL, o presidente deixou claro que o partido ao qual ele se filiaria teria liberdade para resolver a bancada da Câmara Federal, mas que os candidatos ao Senado nos estados seriam definidos por ele.
"A gente mantém o posicionamento da candidatura ao Senado. O presidente pretende manter uma bancada bem leal no próximo mandato, porque o Senado foi o "calcanhar de Aquiles" nesse mandato", afirmou.
Caso não seja escolhido como o nome de Bolsonaro ao Senado mais uma vez, Medeiros afirmou que avaliará as pesquisas para verificar se manterá a candidatura, mudará o cargo almejado ou tentará a reeleição.
"Isso é uma coisa que a gente precisa avaliar, olhar as pesquisas, porque a gente sabe que não dá para ser candidato de si mesmo", disse.
"Em um cenário hipotético, se o presidente define que vai apoiar outro candidato e o eleitorado o acompanhar, aí tem que se dobrar aos números e pegar outra coisa, ver se vai para governador, para outro tipo de candidatura", explicou.
Impasse
Apesar de se manter fiel escudeiro de Bolsonaro nos últimos anos, essa é a terceira vez consecutiva que Medeiros almeja conquistar a vaga ao Senado com o apoio do presidente.
Em 2018, Bolsonaro apoiou a ex-juíza Selma Arruda, que posteriormente teve o mandato cassado.
Dois anos depois, nas eleições suplementares para a cadeira deixada vaga na bancada de Mato Grosso, ele apoiou a campanha da Coronel Fernanda (PL).
Para 2022, apesar de já ter dito que contava com o apoio do presidente, Medeiros pode novamente ser deixado de lado em razão da candidatura à reeleição de Wellington Fagundes (PL).
Fonte: Midia News