Os cinco conselheiros titulares do Tribunal de Contas do Estado (TCE) definiram, em reunião nesta terça-feira (21), que José Carlos Novelli encabeçará a chapa única a comandar a Corte no biênio 2022/2023.
Esta será a terceira vez que Novelli comandará o TCE-MT. Ele já foi presidente nos biênios 2006/2007 e 2012/2013.
A reunião teve participação presencial do atual presidente, Guilherme Maluf, do conselheiro Valter Albano, conselheiro Gonçalo Domingos de Campos Neto, conselheiro Novelli e, de forma virtual, conselheiro Antônio Joaquim.
"Por unanimidade e de forma harmônica, decidimos que nosso próximo presidente será o conselheiro José Carlos Novelli. Tenho certeza que, com toda sua experiência e sensibilidade conduzirá de forma brilhante este Tribunal, fortalecendo esta instituição que a sociedade tanto precisa", disse Maluf.Novelli, por sua vez, agradeceu a confiança dos colegas e citou o trabalho realizado por Maluf.
"Estou disposto a prestar mais uma vez este serviço ao Tribunal. Agradeço a todos os meus colegas conselheiros que confiaram em mim. Que Deus me abençoe abundantemente e me dê sabedoria para que eu possa fazer o trabalho que o Tribunal merece e que a sociedade espera de todos nós", afirmou.
Articulação
Ainda não foi batido o martelo sobre quem ocupará os outros cargos da Mesa Diretora, como vice-presidente e corregedor-geral. Isso ocorrerá apenas em outubro, já que a eleição ocorre na primeira semana de novembro.
Inicialmente, Maluf pleiteava a recondução do cargo, por sentir que a sua condução à frente da Corte foi prejudicada pela pandemia do coronavírus.
Ocorre que, conforme um "acordo de cavalheiros" do colegiado, seria necessário respeitar a ordem do rodízio que define a sucessão. Em tese, a vez de assumir a presidência seria do conselheiro Valter Albano, mas ele abriu mão em favor de Novelli.
Novelli então iniciou uma verdadeira "romaria" em busca de apoio de Maluf.
O MidiaNews apurou que um dos argumentos utilizados foi da importância de ter decanos no comando da Corte para a continuidade da mudança de imagem do Tribunal junto a sociedade.
Ele ainda alegou que havia apenas mais seis anos até se aposentar do Tribunal. Maluf, por sua vez, pode ficar ainda mais 20 anos na cadeira de conselheiro.
Afastamento e retorno
Novelli, Albano e os conselheiros Antônio Joaquim, Sérgio Ricardo e Waldir Teis foram afastados em 2017 durante a Operação Malebolge, 12ª fase da Operação Ararath, da Polícia Federal. Eles são acusados de receber propina do ex-governador Silval Barbosa.
Novelli, Albano e Antônio conseguiram, junto a Justiça, retomar os cargos.
Fonte: MÃdia News