Família diz estar "chocada" e vai pedir medida protetiva contra PM

Por Da Redação em 22/09/2021 às 14:58:17

A família do adolescente que levou dois socos de um oficial da PM, no último sábado (18), em Cuiabá, diz estar "chocada" com a agressão e vai pedir medidas protetivas contra o policial.

O garoto, de 17 anos, foi agredido pelo tenente-coronel Sávio Pellegrini quando saía do Edifício Absolutto, no Jardim Mariana, para recepcionar um amigo que chegava para uma festa.

Segundo o procurador João Batista de Almeida, avô do adolescente, a família teme que ele sofra represálias do vizinho. João Batista afirmou que o adolescente está "tranquilo" e recebeu apoio dos familiares, mas que ainda sente dores por conta dos socos que recebeu.

"Com relação ao meu neto, ficamos com algum receio [pelo fato dele ser PM], mas vamos tomar as providências cabíveis no sentido de pegar uma medida protetiva para evitar qualquer coisa que possa acontecer", explicou.

A confusão aconteceu quando o garoto se encontrou no hall do prédio com Pellegrini, que carregava uma cadeira.

Eles teriam se desentendido após o garoto esbarrar no PM, o que deu início a uma discussão e em seguida aos socos.

"Não resta dúvida que foi choque tremendo para todos nós. Não houve motivo razoável para a atitude dele, ainda mais se tratando de um policial de alta patente", afirmou o avô da vítima.

O caso foi registrado pelas câmeras de segurança do condomínio.

Conforme o boletim de ocorrência, o militar teria questionado o garoto se ele não o havia visto.

De acordo com João Batista, Pellegrini ainda perguntou se o adolescente era "cego".

O procurador afirmou que a mãe do adolescente ficou muito abalada ao saber das agressões, assim como toda a família.

Ver as imagens registradas pelo circuito de segurança do prédio provocou ainda mais sofrimento, conforme João Batista.

Ele ressaltou que nunca havia tido contato com Pellegrini e sequer sabia que ele é um PM.

"Uma coisa dessas acontecer dentro do condomínio com um morador daqui, que a gente nem sabia que era policial... Fomos saber depois do acontecido, quando a Polícia Militar chegou aqui. Depois, vendo as imagens, foi pior. Ficamos ainda mais abalados e sofridos do que naquele momento. Mas estamos procurando manter a tranquilidade", contou.

Conduzidos à delegacia

Conforme o B.O., tanto o adolescente quanto o militar foram para seus respectivos apartamentos após a agressão e a Polícia Militar foi acionada.


O ex-presidente do MT Saúde, Yuri Bastos, pai do menor, foi até o local após tomar conhecimento da situação. Bastos
contou que não mora com o adolescente e que ao chegar no prédio foi conduzido até o apartamento do tenente-coronel pelos PMs.

"Quando cheguei lá a PM já estava no prédio e pediram para que eu e meu filho subíssemos ao apartamento do tenente-coronel. Tocamos a companhia, ninguém atendeu e fomos para a porta de serviço. Quando ele [Pellegrini] abriu, acho que achou que a polícia não estava lá e já saiu apontando a arma", disse Yuri Bastos.

O ex-presidente e o tenente-coronel foram encaminhados para a Central de Flagrantes.

Ainda de acordo com o BO, ao chegarem a Central de Flagrantes, Yuri teria agredido Pellegrini com socos no rosto.

Ele teria sido contido pelos militares que registraram o B.O. O caso será investigado pela Polícia Civil.

Fonte: Mídia News

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